Depois de criar o seu questionário e escrever suas perguntas, reserve um momento para certificar-se de que elas estejam escritas de forma inclusiva e com sensibilidade às experiências de indivíduos marginalizados. Oferecemos algumas sugestões abaixo sobre as principais considerações e armadilhas frequentes que as pessoas encontram ao escrever uma linguagem inclusiva.
É importante valorizar as pessoas mais do que as regras específicas que temos em torno do idioma. Devemos sempre focar a pessoa, em vez de aspectos específicos dela, pois é desumanizante nos referirmos a alguém usando apenas um aspecto de sua identidade. Em última análise, nossa linguagem deve ser usada de maneira respeitosa, atenciosa e informada de acordo com a forma como a pessoa escolhe se identificar. Em caso de dúvida, coloque a palavra “pessoa” / “povo” antes de quaisquer descrição sobre um indivíduo ou comunidade.
A menos que seja essencial para o que está sendo comunicado, você deve evitar identificar pessoas com base em características como etnia, cor da pele, nacionalidade, gênero, deficiência, idade, orientação sexual e afiliação religiosa ou espiritual.
A linguagem inclusiva muda regularmente devido aos termos que as pessoas usam para se identificarem. Pesquisar regularmente a linguagem apropriada a ser usada ao se referir a pessoas e comunidades marginalizadas ajuda a falar sobre outras pessoas de uma forma que seja respeitosa e inclusiva.
Ao criar perguntas com base no gênero, você deve considerar se elas são relevantes. Se o gênero for relevante, é ideal usar termos neutros quanto ao gênero sempre que possível, a menos que você conheça os pronomes do leitor. Além disso, você nunca deve presumir o gênero de uma pessoa com base em sua aparência.
✅ O que fazer: oferecer uma variedade de opções de gênero. |
✅ O que fazer: usar linguagem e pronomes neutros quanto ao gênero, sempre que possível. |
❌ Não fazer: referir-se às pessoas com base na percepção de sexo. |
Ao fazer perguntas com base na orientação sexual, é essencial incluir todos os status e orientações de relacionamento. Da mesma forma, é importante considerar se a sexualidade de alguém é relevante para o conteúdo. Alguns indivíduos podem se identificar usando termos que são ou foram em algum momento depreciativos, como forma de recuperar o significado por trás da linguagem. Esses termos só podem ser usados para fins de identificação pessoal e não devem ser usados se você não fizer parte da comunidade aos quais os termos se destinam.
✅ O que fazer: incluir todos os status de relacionamento. |
✅ O que fazer: usar perguntas abertas para permitir que os usuários descrevam sua orientação sexual. |
❌ Não fazer: referir-se à orientação sexual de alguém como uma “preferência sexual”. |
❌ Não fazer: usar terminologia que seja apropriada apenas para que os membros de uma comunidade se identifiquem como, por exemplo, 'queer'. |
Ao fazer perguntas sobre raça, etnia e nacionalidade, é essencial referir-se a indivíduos e comunidades usando os termos que eles preferem. A menos que seja essencial e adequado ao contexto, evite referir-se a pessoas com base em sua raça, cor da pele ou nacionalidade. Da mesma forma, é especialmente importante evitar generalizações e estereótipos com base na cor da pele, no histórico cultural ou na origem étnica de alguém.
✅ O que fazer: usar a terminologia apropriada e aceita para uma comunidade ou indivíduo. |
❌ Não fazer: usar palavras que tenham conotações raciais negativas, como 'lista negra' ou 'escravo'. |
❌ Não fazer: suposições sobre a nacionalidade ou a formação cultural de uma pessoa com base na aparência dela. |